passado é ainda o mesmo passado –nenhum
rosto diferente para desviar o rio da memória,
nenhum nome depois. Para te esquecer,
devia ter partido há muito tempo.como viajam
as aves de verão em verão.E tentei; mas as malas
abertas sobre a cama eram livros abertos, e eu
nunca fechei um livro antes do fim. Por ter
ficado, nada mudou jamais –e o meu passado é
ainda o nosso passado; e o rosto que tinha antes
de me deixares é o que o espelho me devolve no
presente…
Autor Maria do Rosário Pedreira
Foto: anna66
3 comentários:
A beleza permanece... na escolha do poema e da imagem!
... e no bom gosto da junção!
serena dávida - a do amor...
ainda que o livro fique aberto. em página dorida...
beijo
... entretanto...
tudo se move
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