domingo, 26 de janeiro de 2025

Memórias em arquivo

 

Na noite busco a pausa essencial,
para arquivar memórias do dia,
agora concluído,
silente em sua despedida.

Extingo o que trouxe melancolia,
revivo o que me trouxe paz,
qual sinfonia nos meus ouvidos,
enquanto a boca murmura baixinho.

Não redijo o amanhã,
mas guardo o ontem e o hoje,
tudo o que foi bom
é meu legado, meu porto seguro.

Que a memória não me atraiçoe;
na ribalta do tempo,
que eu sempre componha o presente
com ecos vivos de saudade.

Autor : Beatrice M
Imagem : Jonas Hafner

2 comentários:

brancas nuvens negras disse...

Capacidade de regeneração, de fazer frente ao infortúnio.
Um abraço.

Cidália Ferreira disse...

Que poema bonito!!
.
Deambulando...
Beijos. Votos duma excelente semana!