quarta-feira, 7 de abril de 2010

o azul do mar



O azul do mar desprende-se da água.
Dos ossos que cravei na realidade, onde pensava
que o mar se sustivesse e da qual sempre
supus também que o mar se alimentasse (de tal forma
por vezes o sentimos
encher-se de realismo), nem um só, mesmo pintado,
subsiste agora
que o tempo tudo apaga à minha volta.


Autor: Luís Miguel Nava
Poesia Completa 1979-1994
Publicações D. Quixote, 2002
Foto: silvia-anna http://plfoto.com/161414/autor.html

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Bela escolha, querida amiga.
Gostei do poema. Muito bom.
Um beijo.