sexta-feira, 4 de março de 2016

Margem

Jorge Botero Lujan 

Nesta margem secreta onde o teu nome
Docemente me corre pelas veias
E letra a letra acorda em mim a fome
De horizontes perdidos nas ideias

Neste lugar de inquietação e calma
Onde todos os sonhos são possíveis
Onde a palavra é um corpo e o corpo é alma
E os nossos rostos sombras invisíveis

Neste deserto onde és tudo e és nada
Vejo-nos abraçados meu amor
E alcanço o céu e o chão da madrugada
Para te dar uma estrela ou uma flor

Autor:Mário Domingos,
in, O DESPERTAR DOS VERBOS

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