Aqui estão as minhas escolhas do que considero melhor em Poesia,Prosa Poética e Fotografia. Domingo é dia de trabalhos de minha autoria.
sábado, 13 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Porque escondes a noite no teu ventre?

Porque escondes a noite no teu ventre?
Nesse país de sombra onde se calam as palavras.
Aí, no escuro lago onde estremece a flor da amendoeira
E onde vão morrer todos os cisnes.
Eu desvendo a tua dor, o teu mistério
De caminhares assim calada e triste,
Quando viajo em ti com as mãos nuas e o coração louco
No mais fundo de ti, onde só tu existes.
Oh, eu percorro as tuas coxas devagar
Dobrando-as lentamente contra o peito
E penetro em delírio a tua noite
Esporeando éguas no teu sangue.
De onde me chegam estas palavras?
.
Nesse país de sombra onde se calam as palavras.
Aí, no escuro lago onde estremece a flor da amendoeira
E onde vão morrer todos os cisnes.
Eu desvendo a tua dor, o teu mistério
De caminhares assim calada e triste,
Quando viajo em ti com as mãos nuas e o coração louco
No mais fundo de ti, onde só tu existes.
Oh, eu percorro as tuas coxas devagar
Dobrando-as lentamente contra o peito
E penetro em delírio a tua noite
Esporeando éguas no teu sangue.
De onde me chegam estas palavras?
.
Autor:Joaquim Pessoa
in Os Dias da Serpente Moraes Editores, 1981
Foto:meore
domingo, 31 de maio de 2009
nascemos todos com vontade de amar

.
Autor:Miguel Esteves Cardoso
Foto:netiee
quarta-feira, 27 de maio de 2009

Autor :António Ramos Rosa
Foto:Mimikra
domingo, 24 de maio de 2009
os nós da escrita

Há, todavia, um momento em que as palavras são cuspidas, saem em borbotões, e o sangue e a saliva impregnam o sentido. É impossível separá-los.
Por trás talvez não haja mesmo nada. São palavras que não estão ginasticadas, que secam e encarquilham como folhas por que a seiva já não passe.
Oprimem toda a página, através da qual deixa de ser possível respirar. Tapam-lhe os poros. A própria chuva que neles caia não se escoa.
Autor:Luís Miguel Nava
Foto:mastercrasch
sábado, 2 de maio de 2009

estivesses tudo era diferente. Pelo menos tentava não cometer os
mesmos erros. E se quisesses partir de novo eu queria ir contigo
desta vez. Porque da última vez que partiste nunca mais voltaste....
Nada sabes de mim...
Autor:Joao MArinheiro http://oultimocoracao.blogspot.com/
Foto:Roko
sábado, 18 de abril de 2009
Teatro

Autor: luís miguel nava
Poesia Completa 1979-1994
Publicações D. Quixote, 2002
Foto:Paulo Cesar http://www.paulocesar-eu.paulo/ cesar
domingo, 5 de abril de 2009

impossíveis. O amor proibido. As palavras
infinitas. Os livros que nunca lemos. As mãos
que nunca demos, os beijos que nunca trocamos.
As carícias do olhar que agora
está vazio.
Prometemos! Prometemos o tudo
e temos o pouco. Demasiado pouco!
Tu não sabes e eu desisto outra vez. Cansado.
Os dias horríveis tentando parar o tempo em
cada milésimo de segundo que seja.Tu não sabes!
.
.Autor :Joao Marinheirohttp://oultimocoracao.blogspot.com/
Foto:Carlos Vilela
sábado, 4 de abril de 2009
Quero que me abraces

Quero que me abraces,
antes que a tristeza envelheça no meu peito.
Com o tempo, habituei-me
à conivência das palavras
e a usar, com inocência, certos gestos.
A tua sombra é-me familiar.
Sou espectador do teu sorriso
tão perto da simplicidade.
Quero falar contigo, horas a fio.
Sem pretextos de fuga.
Sem palavras caladas.
Um silêncio definitivo ser-nos-ia fatal.
Mas, depois, partirei,
porque sei que há no meu sangue
uma embarcação possessa
do chamamento do mar, ou da solidão.
.
Autor:Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
De Conjugar afectos, 1997
terça-feira, 24 de março de 2009
Ficar
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
E tudo o que levas contigo

Fugiste e contigo fugiu um bocadinho de mim, que desapareceu para sempre, não te iludas: nunca o conseguirás devolver. Acredito que até me queiras devolver tudo aquilo que roubaste, mas não é preciso. Ao partires resgataste parte do meu ser, talvez me tenha tornado mais livre, mas a única certeza é de que me tornei mais só. Não penses assim - não me tornei mais só por estar sem ti, tornei-me mais só, repito, por causa de tudo aquilo o que levas contigo. Partiste e partiram amizades, choros, risos, lembranças e o pior de tudo, sim o pior de tudo, partiu a esperança, a causa, se quiseres a meta, o objectivo, o ideal, o único dos fins. Mais do que os fins, partiram os propósitos, os rumos e o resto, tudo o resto que levas contigo ao partir.
Mas tens culpa? Claro que não tens culpa. Foste onde o teu pensamento te levou, talvez a culpa até tenha sido minha. Sim claro, foi minha. Eu sei que foi minha. Pensava e dizia, sem reflectir agia, perseguia o sonho com maior velocidade do que a vida me perseguia a mim. E depois? Depois tentava fazer-te feliz, fazendo-me também a mim. Claro! Foi aí que eu errei. Se eu te queria fazer feliz, não podia ser egoísta ao ponto de me querer fazer também a mim. Fui estúpido. Justiça? Qual justiça? Não há coisa mais justa do que ser feliz e eu era feliz se te tivesse feito feliz. E o que é isso da felicidade? É apenas tudo o que levas contigo.
Desculpa por teres partido.
.
Autor:João Gomes http://oamornostemposdablogosfera.blogs.sapo.pt/
Foto:kiloff jeden
domingo, 22 de fevereiro de 2009
REPOUSO

sobre meus olhos
e encobrem meus medos)
.
lá fora é a rua;
há um grito de cal
estridente como uma buzina
e cabeças passam
esfaqueadas pelo sol
.
aqui - tuas asas
enormes e vaporosas
apaziguam o clima...
.
há uma guerra lá fora;
o nosso amor contra a guerra?
- sangue jovem de pé
pelo nosso amor
.
ah, tuas asas tranquilas me protegem;
Autor:Joao de Melo
Foto:woytass
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
medidas (in) variáveis
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
a respiraçao do mar
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