Não houve um fim com grito ou dor,
só o silêncio a apagar o sabor.
Foi morrendo devagar, sem razão,
como quem larga devagar a mão.
Faltou carinho, vontade, calor,
aquilo que um dia chamámos amor.
Não foi traição, nem culpa, nem erro,
foi só o tempo a fechar o desterro.
Ficámos bem, e isso é raro,
não carrego raiva, nem olhar amargo.
Tu foste parte da minha estação,
mas não eras destino — só direção.
Hoje somos dois que já foram “nós”,
e mesmo que a memória ainda traga a voz,
a vida seguiu, tranquila e capaz…
porque o que ficou entre nós,
ficou tudo em paz.
Autor :Raquel Gonçalves
Imagem : Irina Dzhul

6 comentários:
Bom dia .Linda poesia!Parabéns.Abraço e um ótimo fim de semana.
Muito grata Vinicius
Volte sempre
Eu agradeço....
Muito belo esse fotograma de uma dada realidade tangível.
Nele a carga emotivo-racional que deixou de existir.
Um abraço,
O desencanto acaba com tudo.
Um abraço.
muito obrigada Eros...
grata pela presença e comentário Brancas ....
Enviar um comentário