Ninguém nos moldará de novo em terra e barro,
ninguém animará pela palavra o nosso pó.
Ninguém.
Louvado sejas, Ninguém.
Por amor de ti queremos
florir.
Em direcção a ti.
Um Nada
fomos, somos continuaremos
a ser, florescendo:
a rosa do Nada, a
de Ninguém.
Com
o estilete claro-de-alma,
o estame ermo-de-céu,
a corola vermelha
a purpúrea palavra que cantámos
sobre, oh sobre
o espinho.
Autor : Paul Celan
(tradução de Yvette Centeno e João Barrento)
Imagem -Alexei Antonov
1 comentário:
Independente do texto/poema que li com gosto, o qual elogio e aplaudo, passo, a fim de deixar, votos de um FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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