Não, não tenho certezas.
Se era esse o canto que vos atraía,
Deixai-me só nesta melancolia
De baixo, aberto e liso descampado
Quero viver, quero morrer, e quero
Que ao fim a soma seja um grande zero
Do tamanho da ardósia... E apagado.
Mas são desejos da fisiologia...
Vagas aspirações do dia-a-dia
Duma bilha de barro
Que não vale um cigarro
Que se fuma.
Não, não tenho certezas;
Tenho bruma.
Autor : Miguel Torga
Imagem :Laura Makabresku
3 comentários:
Na vida só existe uma certeza; É que nunca temos certezas de nada. Bela foto. Poema exemplar.
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Feliz fim-de-semana
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Maravilhoso poema.
Adorei!
Beijinhos e um bom fim de semana
Poema simplesmente fantástico!! :))
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Diz a Criança, perspicaz ...
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Beijo e um excelente fim de semana
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