Quando nos encaminhamos para o amor
todos vamos ardendo.
Levamos amapolas nos lábios
e uma centelha de fogo no olhar.
Sentimos que o sangue
nos golpeia as têmporas, as pelves, os pulsos.
Damos e recebemos rosas vermelhas
e vermelho é o espelho do quarto na penumbra.
Quando voltamos do amor, vagarosos,
desprezados, culpados
ou simplesmente estupefatos,
regressamos muito pálidos, muito frios.
Com olhos e cabelos envelhecidos e o número
de leucócitos nas alturas,
somos um esqueleto e sua derrota.
Porém continuamos indo.
Autor : Amalia Bautista
Imagem : Aykut Aydogdu
4 comentários:
Poema sublime que me deliciou ler!:)
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Diz a Criança, perspicaz ...
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Beijo e um excelente fim de semana
Ir é exaltante, vir é desalentador... até à próxima ida.
Um abraço.
Imagem linda. Poema intenso e profundo que me deliciou ler.
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Cumprimentos natalícios
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Poema lindíssimo, adorei.
Beijinhos e um excelente fim de semana
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