Só na cama
o tempo
ainda é meu
como a palavra
Discretamente
me agito
no colchão
Não penso em Deus
na morte
Imprimo
Aqueço-me
Escuto
conservo a posição
A Elsa dorme
Só na cama
o tempo ainda é dela
como um fruto
Autor : António Reis, in 'Novos Poemas Quotidianos'
Imagem Natalie Kapushenko
3 comentários:
Poeticamente perfeito
.
Saudações poéticas.
.
Ter alguém ao lado que respira.
Poema belíssimo!!
.
Mas o mar, é sempre a fonte da ilusão.
.
Beijo. Boa noite!
Enviar um comentário