Chora, Terra pela injustiça dos fracos na cegueira da guerra
Na indigestão da crueldade,
vomita em lava o vermelho incan-
descente da maldade.
Grita a tua fúria no relâmpago das trovoadas.
Os Homens já não ouvem
a linguagem mansa das manhãs orvalhadas.
Faz chorar as nuvens.
Os Homens já não têm lágrimas.
Rega os campos, as flores e a harpa do centeio.
A navalha do grito do vento,
fez refém a luz do pensamento.
Autor : Manuela Barroso
in “ Luminescências “
Imagem :Karyn Teno
3 comentários:
Por muito que se chore e que se grite, os cruéis e os déspotas são surdos e cegos.
Um abraço.
Intenso e profundo..
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Saudações poéticas.
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Excelente poema!!
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Sou, o colo que dou sem pedir ...
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Beijo. Bom fim de semana.
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