sexta-feira, 17 de março de 2023

Chora, Terra



Chora, Terra pela injustiça dos fracos na cegueira da guerra
Na indigestão da crueldade,
vomita em lava o vermelho incan-
descente da maldade.
Grita a tua fúria no relâmpago das trovoadas.
Os Homens já não ouvem
a linguagem mansa das manhãs orvalhadas.

Faz chorar as nuvens.
Os Homens já não têm lágrimas.

Rega os campos, as flores e a harpa do centeio.
A navalha do grito do vento,
fez refém a luz do pensamento.

Autor : Manuela Barroso
in “ Luminescências “
Imagem :Karyn Teno 

3 comentários:

Agradeço muito o feedback .
Mas, não comente se não leu, e por favor não deixe copy-paste.
Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
Muito obrigada!