Se algum dia alguém chegar a ler
este dizer agreste,
provavelmente pensará: que pálida lanterna;
não é deste metal que a luz é feita.
Calma. Pois não.
Mas quem assiduamente
visita os desvãos onde a noite se acoita
não precisa de mais que o clarão desta treva,
desta cegueira sem cão e sem bengala,
para no escuro rasgar o seu caminho
e nele ir progredindo às arrecuas.
Autor : A.M.Pires Cabral
Imagem : Duong Quoc
2 comentários:
Intenso, profundo, fascinante de ver (foto) e ler.
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Boa semana …Saudações cordiais.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Um poema muito bonito!! :)
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A vida segue pelas veredas do destino
Beijos, e uma excelente semana.
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