diverso cada dia do que foste;
cada imperfeito gesto que inventares
me fará desejar-te em outro verso.
Da arte do soneto feito mestre
no concurso sem regra da floresta,
na mais pequena folha te descubro
e no caule do vento é que te perco.
Da turva luz já retirei o emblema
que me sirva de rosto permanente
e venha o cabeçalho do poema;
e pedirei à noite que me empreste
um farrapo do manto incandescente
de que se veste, agora, para ter-te.
Autor : António Franco Alexandre
Imagem : Ziqian Liu
3 comentários:
Um bom poema.
Foto e poema em perfeita harmonia poética.
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Cumprimentos poéticos. Feliz semana.
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Poema: “ Coração sem ser regado acaba por … “
Excelente poema. Adorei :))
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Coisas de uma Vida || Recomeços e cansaços...
Beijos. Boa tarde.
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