Sobre o meu ventre:
a branca flor das tuas mãos.
(A luz escorre pelos flancos
da tarde gritando oiro.)
O corpo inunda-se
de cada vogar lento
desse outro que é fruto
sem à terra o pedir.
(Tão clara a maciez dos seios,
tão iminente o íntimo perfume.)
Prova destes espelhos o mel
da gloriosa morte dos poentes,
e desta porta ao estio aberta
saboreia a frescura imensa
da palavra rarefeita.
Nenhum outro trevo saciará
o lume das rosas quietas.
Autor : Pedro Belo Clara
2 comentários:
Lindo de ler.
Páscoa Feliz
Sensual e subtil.
Um abraço.
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