eric zener
II
fogem-me as palavras, meu amor.
as palavras que em tempo foram nossas
e agora se colam ao tempo, às memórias.
o que fazer com o tempo que me cresce nas mãos?
o tempo que agora me percorre o corpo
e que antes nos fugia quando estávamos juntos.
o que fazer com o tempo
que me trouxe a tua ausência
e me envelhece, lentamente, a cada hora?
Autor : Paulo Eduardo Campos
in A casa dos Archotes
1 comentário:
Palavras cheias de significado entre duas pessoas perdem o valor quando um abandona.
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