Ainda estranho o lugar quando acordamos
no revés de já ser outro
o dia
porque espelhas o tempo à janela é
à face de teu rosto que decido
o que vestir.
O vento que molda a praia
é de todas as bandeiras:
há um silêncio talhado à substância do quarto
(o chão de madeira matiza o
frio que força uma fresta)
podia apostar comigo: hoje
de madrugada
um cão ladrou na voz do galo.
O meu sobrenome segue-te
pela véspera da casa
(fim de emissão no ecrã
cálices
meio hasteados) a
chuva desistiu de apagar o nosso amor embaciado
pelo lado negativo.
Tornas à cama e abres
aquele romance de sempre
(o descanso existe
noutro cansaço).
Autor : João Luís Barreto Guimarães in POESIA REUNIDA
Imagem : Tina Spratt
Imagem : Tina Spratt
1 comentário:
Maravilhoso, fascinante de ver e ler
.
Um feliz fim de semana.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Enviar um comentário