Atiro uma pedra à noite
a noite desfaz-se em aros
e há silêncio e solenidade
e trabalho o poema
com nova pedra na mão
mas não acuso tento salvar
aquilo a que me disponho
aquilo a que venho
em temas nem fios
frente à grande boca da noite
com fome de nomes de coisas
maiores do que nós
que adormecemos sem querermos
na pouca luz que faz.
Autor : Ana Salomé
Imagem : Joan Carol
4 comentários:
Adormecemos sem querermos mas... por vezes é isso que nos salva.
Lindíssimo poema. Beijinhos
Excelente poema! Obrigada pela partilha!!
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De repente, existem nós que se soltam...
Beijos. Boa tarde!
Imagem e poema, deslumbrantes
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Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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