Quando eu morrer
não me dêem rosas
mas ventos.
Quero as ânsias do mar
quero beber a espuma branca
duma onda a quebrar
e vogar.
Ah, a rosa dos ventos
a correrem na ponta dos meus dedos
a correrem, a correrem sem parar.
Onda sobre onda infinita como o mar
como o mar inquieto
num jeito
de nunca mais parar.
Por isso eu quero o mar.
Morrer, ficar quieto,
não.
Oh, sentir sempre no peito
o tumulto do mundo
da vida e de mim.
E eu e o mundo.
E a vida. Oh mar,
o meu coração
fica para ti.
Para ter a ilusão
de nunca mais parar.
Autor : Alexandre Dáskalos
Imagem : David Baron
3 comentários:
Um poema muito poderoso!! Gostei :)
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Escrever, é falar em silêncio
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Beijos. Votos de um bom dia!
Foto muito original com um poema que emociona. Eu, quando morrer, não quero nada. Quero sim... em vida.
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Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Afinal, morrer como se continuasse vivo.
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