A Luís Miguel Nava in memoriam
A janela da noite abre-se aos sonhos
com desejos de manhã e não de morte.
Um poema traz consigo um colar de vieiras
como nas lendas nocturnas.
O poeta entra no espelho
como quem entra em si.
Estagna, retrocede, chora
e abriga-se dos temores.
Emudece e pousa na moldura
o que lhe sobrou do adolescente rosto.
O caos corre como água
no avesso dos seus olhos.
As aves que lhe saem pelo coração.
Autor Lília Tavares
Imagem : Brian Oldham
3 comentários:
Mais um excelente poema! :))
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Tens a doçura que ninguém domina
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Beijo, e um excelente dia.
Foto e poema, lindíssimos
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Cordiais cumprimentos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Associo-me à homenagem.
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