deram-me um espelho onde me queimei
integral e semente
atravessava vultos corredores do tempo
mas só a sede me vivia
a criança que corre pelo outono
só deseja a morte
gosto de areia é a memória
vai cegando de coisas irreais
famílias de divisas actos de passagem
um rosto devorado pelas invasões
com a sede a diluir-lhe o corpo
cadáver absoluto nas vizinhanças da
dor que Deus doía
Autor : Pedro Sena-Lino In "deste lado da morte ninguém responde",
Imagem : Brian Oldham
1 comentário:
Maravilhosos e fascinante de ler
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Feliz fim de semana.
Cuide-se
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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