A porta sempre esteve escancarada,
por vezes fazia frio,
outras vezes um calor insuportável,
suportei ventos,
canículas,
pânicos,
sentires,
e no entanto,
tu nunca franqueaste sequer a ombreira.
Tanto tempo passou, desde então.
Hoje só meu coração te espera.
A porta já não existe,
o tempo já há muito que a danificou
Autor : BeatriceM 2013-10-06
Imagem: Sina Domke
4 comentários:
Um poema poderoso! :))
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O desejo dos dias com cor...
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Beijos, e um excelente Domingo
Gosto deste sentimento: um encolher de ombros para um drama que deixou de o ser porque o tempo passou.
:)
Um belo poema de ternura e de quem espera por alguém sem condições impostas para essa vinda. Muito bom.
deu-me inspiração e, em cima da leitura deste belo poema, aí vai:
coração, que da minha mão
não tem forma nem razão
de continuar a esperar
por quem a porta não quis franquear.
despe-te coração
que há quem te veja
vestido desta tristeza.
e se não tiveres batimento
e’ porque meu mal e’ sofrimento.
um beijo, amiga B
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