Procuro no escuro as elevações e o delírio,
mas é a tua voz que me leva
ao fogo.
Atravesso a floresta e o mistério,
o sol mais bravo da noite.
Os teus cabelos ardem
sob a eternidade das minhas mãos.
Uma gaivota grita no silêncio das sombras.
O teu corpo ondula numa viagem
que me leva num barco de água branca
como se em cada setembro
dos teus murmúrios voltasses
com todas as rosas da madrugada
e uma gota de chuva
em cada unha.
Só no fim dos mais violentos relâmpagos
regresso dos teus olhos
nu e inocente como uma criança.
Autor : Eduardo Bettencourt Pinto
Imagem :Richard Calmes
2 comentários:
O Poema é maravilhoso, mas a imagem é qualquer coisa! Amei :)
.
A Rapidez do tempo...
Beijos. Votos de uma boa semana e um Outubro positivo!
Passamos grande parte da vida à procura.
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