trago-te nos braços ao cair da tarde
quando a glicínia cheira na porta do meu corpo
tacteias a espaço a porta entreaberta
e reténs o grito na fogueira da boca
convulsionada e ágil te conduzo
na relva agora húmida e macia.
Fecho-me para crescer em ti
os dedos acordados e subtis
e é tudo água, vórtice, clarão.
Autor : Maria Aurora Carvalho Homem
in antes que a noite caia
1 comentário:
Um poema de grande sensualidade quase imperceptível.
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