A minha sombra sou eu,
ela não me segue,
eu estou na minha sombra
e não vou em mim.
Sombra de mim que recebo luz,
sombra atrelada ao que eu nasci,
distância imutável de minha sombra a mim,
toco-me e não me atinjo,
só sei dó que seria
se de minha sombra chegasse a mim.
Passa-se tudo em seguir-me
e finjo que sou eu que sigo,
finjo que sou eu que vou
e que não me persigo.
Faço por confundir a minha sombra comigo:
estou sempre às portas da vida,
sempre lá, sempre às portas de mim!
Autor : José de Almada Negreiros
3 comentários:
Imagem e poema deslumbrantes que muito gostei de ver e ler
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Um Sábado feliz … Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Uma partilha muito interessante!
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Preciso de sair desta solidão que dói
Beijos. Bom fim de semana.
Teremos sombra até ao dia em que o sol se apagar para nós.
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