Fui amante da morte
e da beleza. Vi a loucura,
acreditei na vida.
Da infância falei
como lugar de abismo.
O prazer
foi também a grande fonte
de perturbação e alegria.
Lembrei mulheres
que recusaram submeter-se,
escrevi palavras fúnebres.
Não poupei a adolescência,
o coração magoado
e não soube que fazer
de mim fora das palavras.
Escrevi para desistir
e depender
e ter identidade.
Autor : Isabel de Sá in “Repetir o Poema”,
Imagem : Magdalena Russocka
1 comentário:
Um poema instigante. Intenso...Amei!:)
.
Sonhei ser o calafrio do momento ...
.
Beijos, e um excelente fim de semana..
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