Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
Autor: Sophia de Mello Breyner Andresen
Imagem Brian Oldham
2 comentários:
Imagem e poema intensos, profundos, que remetem para uma grande reflexão sobre o que é a vida e como deve ser vivida.
Gostei muito.
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Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Um poema excelente :)
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Deixei flutuar meu pensamento...
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Beijos e um excelente dia!
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