quinta-feira, 1 de abril de 2021

Insónia

 


o corpo cai em desmaio na areia da noite
há um frio liquido na linha da quietude
e este tropeçar em queda
mesmo que as horas nos chamem o sono
é violento para o que esperávamos do destino
a madrugada é prenhe de ti nesta ausência
revolvo o corpo nesta praia de jejum
há guerras e incêndios nos olhares em redor
quando convulso a respiração em teu choro
e mordo as últimas letras do teu nome

Autor : Fernando Dinis 6.7.06
http://antologiadoesquecimento.blogspot.com/
Imagem: Saul Landell

3 comentários:

brancas nuvens negras disse...

A perda da esperança.

" R y k @ r d o " disse...

Foto e poema sublimes. A conjugação poética perfeita.
.
Cumprimentos poéticos.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

Mário Margaride disse...

Poema muito bom. Excelente definição de solidão! E imagem igualmente extraordinária!

Feliz Páscoa!

Beijinhos!