A teia tecida
nas noites de esperança,
rasgada e ferida,
segue a nossa andança.
E juntos, mãos dadas,
olhamos pra ela,
vontades paradas,
quais barcos sem vela.
Amigo, que o braço
cansado de tédio
ergamos no espaço!
É esse o remédio.
Depois de cerzidas,
não ficam marcadas
profundas feridas
em teias rasgadas!
Autor: Isabel Gouveia,
in "Poemas Vários (1950-1975)
Imagem :Tullius Heuer
2 comentários:
Um fascínio de leitura. Poema maravilhoso
.
Um dia feliz
Cuide-se
poema muito musical
e ritmado. a fazer lembrar "velhas" lengalengas!
gostei muito
e recolho o nome da Poeta
beijo
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