poderia chamar-te pelo nome
ou pelo aroma da primavera;
poderia olhar as estrelas
ou a claridade do teu rosto;
poderia ser a semente plantada
ou a gota que alimentasse a tua sede,
poderia...
mas, perdoa-me, amor.
a minha voz morre ao nascer
quando preso fico
sem ver flores a crescer;
sem afastar as nuvens cinzentas
que dum céu pendem quase sem te ter;
sem saber dos rios que correm,
e das nascentes da inocência,
da água que de meu corpo há-de
purificar este saber,
e sem vislumbrar o fim do deserto
neste trapézio, sem rede e sem mar aberto,
para te olhar... para te ver.
Autor : LuísM Castanheira 2020-03-30
Imagem :Mikael Aldo
1 comentário:
Bom dia:- Os fogos são todos os anos uma tragédia. Oxalá este ano as coisas melhorem nesse capítulo... e noutros
.
Fraternas saudações
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