sexta-feira, 29 de novembro de 2019

vejo brilhar uma estrela que,

vejo brilhar uma estrela que,
pelos vistos, já morreu – assim a
minha vida: luminosa e, porém,
assombrada pela escuridão. Sorte a 

daqueles que só conhecem a morte
pelas mãos frias – toda a vida fiz luto
por corpos ainda sãos. A felicidade 

faz-me, apesar de tudo, infeliz –
é sempre a ideia do fim que traz
a música certa para os meus versos. 

Autor : Maria do Rosário Pedreira
in “Poesia Reunida”, 2ª. edição, Quetzal Editores, Lisboa, 2013
Imagem : Joel Robison

1 comentário:

" R y k @ r d o " disse...

Poema simplesmente magistral
.
Cumprimentos poéticos