As coisas
simples dizem-se depressa; tão depressa
que nem
conseguimos que as ouçam. As coisas
simples
murmuram-se; um murmúrio
tão baixo
que não chega aos ouvidos de ninguém.
As coisas
simples escorrem pela prateleira
da loja;
tão ao de leve que ninguém
as compra.
As coisas simples flutuam com
o vento;
tão alto, que não se vêm.
São assim
as coisas simples: tão simples
como o sol
que bate nos teus olhos, para
que os
feches, e as coisas simples passem
como
sombra sobre as tuas pálpebras.
Autor: Nuno
Júdice
Imagem : Richard Blunt
Imagem : Richard Blunt
1 comentário:
Lindo :))
Do nosso Poeta - Gil António:- Flor Esquecida
Bjos
Votos de uma óptima noite.
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