Eu ateio fogo a estes jornais,
quase sem querer estou
dentro de alguém, discordo
em absoluto da necessidade
de termos tido de aturar
Freud. Não era decerto
isto o que queriam dizer
quando falavam da tal liberdade
dos poetas. Acontece que há poetas
e poetas, os direitos de uns
não são os direitos de outros.
O único território que, sem ser
sistema, maneja o fundamento
da justiça em a-propósito
radical. Podes atirar os pensamentos
na fácil confusão destas palavras
ou mesmo achá-las muito claras
mas servirás o mundo
como o não-servir e na atitude
humana aguardarás o impossível.
Autor : Helder Moura Pereira
em Amor Carnalis, Lisboa: frenesi, 1998.
3 comentários:
Um poema deslumbrante, muito bem conjugado pela imagem.
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Saudações cordiais e poéticas.
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Um poema intenso. Adorei :))
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Abro a cortina de sorriso no rosto
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Beijos. Boa tarde!
Os poetas são livres ao mesmo tempo que são prisioneiros da sua função.
Um abraço.
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