Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
Autor : António Ramos Rosa
Poemas portugueses [de Viagem através de uma nebulosa], org. Jorge Reis-Sá e Rui Lage, Porto Editora, 2009.
3 comentários:
Um grande poema de um grande poeta.
Grande declaração de verdadeira amizade.
Adorei.
Beijinhos
Foto e poema, deslumbrantes.
.
Saudações cordiais
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Enviar um comentário