sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Caligrafia


Já não enxergo as palavras
como antes,
sem que os olhos ardam
Mas nunca as tive tão íntimas,
agora cicatrizes,
confissões
de si mesmas.

Como em um rito,
o esquecimento
também se faz presente
com seus remorsos.

Vou ombro a ombro
com o futuro.
A ninguém revelo
meu nome.

Autor : Solange Firmino

2 comentários:

brancas nuvens negras disse...

Gostei muito desse poema, compreendo o esquecimento e a sua impossibilidade como compreendo o remorso.
Um abraço.

- R y k @ r d o - disse...

Poema lindíssimo que me fascinou ler.
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Saudações poéticas
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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