Em tudo o que tu vês eu moro aí,
em tudo o meu olhar a ti só vê -
conforto de presença tão contínuo
que não sabe onde surge onde termina
dentro do modo o tempo deste ver.
Nem eu alcanço outro horizonte além,
nem tu aqui outra maior distância -
e os olhos bem juntinhos não se lembram
de sentirem em si diverso alento
que não seja - a tremerem - a constância.
Por isso como um lanço os nossos corpos
ignoram qualquer 'spaço que os separe -
muito encostados poros sobre poros
olham apenas o prazer que é nosso
com mais desejo encima até fartarem.
Autor : António Salvado
in O Sol de Psara
4 comentários:
O eterno tema O Amor.
Um poema muito bonito!! :))
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Olho convicta da graça que acolho...
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Beijos, e um excelente dia!
O amor é uma fonte inesgotável para os poetas e poetisas. Gostei muito da imagem e do poema.
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Abraço poético.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Poema lindíssimo, como a imagem, que me fascinou ler e ver.
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Abraço poético.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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