Esta a cabeça em fúria do poeta
como está nas fotografias tiradas de avião
depois de cair em chamas no mar de ninguém
estes dentes
o alfabeto doido com que vai escrever
e aqui está a sua mão direita
estátua de manhã e automóvel à noite
salvo acidente mortal
e eis os seus olhos
peixes verdes sem mar
a sua boca aquela voz horrível no deserto
os seus pés
dois príncipes encantados no palácio dos passos perdidos
antes de encontrar-te meu amor
Autor: António José Forte
In Uma faca nos dentes
Imagem :desconheço o autor
3 comentários:
Ou seja: Era um vento sem rumo. Depois uma fresca aragem que refresca a alma e o coração.
" Perdido na intempérie, encontra o rumo certo ao encontro do local onde nasce o sol ""
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Abraço poético
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Poema soberbo!
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"Uma janela para a vida"
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Um excelente dia. Beijo :)
Sublime poema!
A procura constante de um chão, de onde possa pousar em segurança...
Bom fim de semana!
Beijinhos!
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