Entre mim e os livros na estante,
no espaço ocupado pela luz,
dão-se transformações
a que assisto quieta e calada.
Depois de olhar o ar,
cada palavra reflecte
o lugar invisível de onde veio o poema
ou o silêncio que passou pela casa.
A alma não escolhe a estação
nem prevê o detalhe do infinito.
Reparo com espanto infante
nos vestígios deste ritual,
os livros que não li
sabem de mim
e não dormem nunca.
Autor Marta Chaves
In Avalanche
2 comentários:
Quando tomamos posse dos livros eles são vigilantes sobre o nosso saber.
Gostei bastante do poema!!
.
Tempo demasiado apressado...
Beijos e um excelente fim de semana.
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