Não há mundo que lhe caiba na agrura da boca,
nem caminhos que lhe reparem nas solas usadas
que os pés devoraram – são as ruelas acabadas
pelo silêncio dos gestos que lhe dançam nos olhos
a cada anoitecer, são os vultos adormecidos à soleira
das portas vazias que carrega nas palavras que desconhece
tal como as estrelas mortas na escuridão escusam o céu.
Assim é ela – presa naufragada no íntimo do nada. Que seja!
Autor : Carla Pais
Imagem : anna derhanovskaya
2 comentários:
Uma definição poética de alguém. Muito bonito.
Foto e poema deslumbrantes que me fascinou o ego, ver e ler
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Feliz fim de semana… cumprimentos cordiais.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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