É sempre inverno aqui,
nas páginas deste caderno com três folhas de
trevo.
O galo canta, nos meus baldios.
Despertam os sonhadores e os cães.
Um homem caminha,
com um fardo de erva e canas, na direcção das
montanhas.
Uma densa nuvem cresce,
pouco a pouco,
sobre as campas lavadas pela chuva, onde ele
se deita,
voltado para baixo.
E eu, que vejo tudo isto,
não encontro as palavras certas para o desespero.
Autor : José Agostinho Baptista
in " Filho Pródigo "
4 comentários:
Um poema de grande qualidade. Bom Dia
Um poema lindíssimo de ler. A pedir profunda reflexão sobre os acontecimentos da vida.
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Saudação poética
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Fantástico poema! Um diambular lírico, pelas entranhas do mais intenso sentir.
Gostei muito!
Beijinhos e boa semana!
O poema é lindo, mas a imagem é soberba!! :)
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Vagueiam sonhos da minha ilusão
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Beijo e um bom dia (de carnaval, em casa)!
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