Era um corpo inteiramente
português.
Transido de ternura
o óleo das suas mãos
protegia-me
o coração.
Não sei que mecanismo
despertava em si
quando chorava,
fazia crescer a relva,
meus dentes indecisos
como crias
corriam e devoravam.
Escreveu-me duas cartas
em cima de um tractor
e nelas descrevia
em frases simples
o modo tortuoso
que me fez traidor.
Autor : Armando Silva Carvalho
4 comentários:
Um grande poeta. Saudoso poeta, saudoso amigo de muitos anos.
Obrigado.
Devo também fazer referência à interessante foto. Gostei muito.
Intenso e profundo
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Votos de um dia feliz - abraço
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Um poema fascinante! :)
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Pára tudo... Nasceu a Princesa...
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Beijo e uma excelente noite!
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