a cadeira está vazia, um corpo ausente
não aquece a madeira que lhe dá forma
e não ouço o recado que me quiseste dar
nem a tua voz forte que grita meninos
na hora de acordar
ouço o teu abraço, no corredor em gaia
e os olhos molhados pela inusitada despedida
o sol foge
mas o crepúsculo desenha a sombra que
tenho colada aos pés
ou o espelho, coberto com a tua face
pai, digo-te
a minha sombra és tu
Autor : Jorge Reis-Sá,
in "A Palavra no Cimo das Águas
Foto e Poema de homenagem deslumbrantes de ver e ler
ResponderEliminarFim de semana feliz
Uma sombra onde até muito tarde nos acolhemos, como se fosse aí que existe a luz.
ResponderEliminarUm abraço.
Intenso e belo poema!!
ResponderEliminar.
Sou, o colo que dou sem pedir ...
.
Beijo. Bom fim de semana.