quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

...


Quando deitados somos
do que dizemos
nos carreiros e cheirarmos mais
a presença vertical da água
quando aceitamos

o degredo mútuo
o silêncio humano
na cópula das árvores
e o poema pede-nos
(em que rua moras
nesta cama?)
e não há palavras.

Autor : Catarina Mendes de Almeida
Imagem Tina Spratt

4 comentários:

  1. E não há mesmo (outras) palavras para descrever esta imagem e poema, a não ser: DESLUMBRANTES
    .
    Saudações natalícias
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  2. Um m poema belo, intenso... Gostei bastante!:))
    *
    Quantas vezes subo os degraus da minha alma
    *
    Um excelente feriado a todos.

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  3. De facto não há palavras! Não há palavras para descrever o quão rico está este poema. E já agora... quantas ruas poderemos ter?

    Forte abraço!
    Cantinho dos Poemas de Criança.

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  4. Foto e poema deslumbrantes

    Beijinhos e uma boa semana


    http://duasirmasmaduras.blogspot.com/

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