nem todo verbo
há de sangrar
na vértebra
também com anestesia
se há de se ir
dissecá-lo
para que não se perca
a parte dentro do nome
o que se desgruda por último
a margem ao redor do nome
o que perscruta em nossa boca
a ausência do pronome
Autor : Vera Lúcia de Oliveira
(Do livro A chuva nos ruídos, Escrituras,
2004, São Paulo (Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, 2005).
Imagem : Lora Zombie
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