Não haverá nunca uma porta. Já estás dentro.
E o alcácer abarca o universo
E não tem anverso nem reverso
Não tem extremo muro nem secreto centro.
Não esperes que o rigor do teu caminho
Que fatalmente se bifurca em outro,
Que fatalmente se bifurca em outro,
Terá fim. É de ferro teu destino
Como o juiz. Não creias na investida
Do touro que é um homem cuja estranha
Forma plural dá horror a essa maranha
De interminável pedra entretecida.
Não virá. Nada esperes. Nem te espera
No negro crepúsculo uma fera.
Autor : Jorge Luis Borges
Trad.: Augusto de Campos
Imagem : Taylor Rayburn
Por vezes já estamos no labirinto... sem dar por isso.
ResponderEliminarImagem e soneto deslumbrantes. Grato pela sua partilha.
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Bom fim de semana
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