Se perguntas onde fui,
devo dizer: o mar.
Estive sempre ali,
mesmo estando a mudar.
Foi ali que escrevi
tua pele, teu suor.
Ao tempo, seus faróis.
Não mudei de mudar.
2
O que mudou em mim,
senão andar mudando
sem nunca mais mudar?
Quem mudará em mim,
se não sei mudar?
3
Ou me mudei. Sou outro.
Outra ventura, outra
virtude, cadência,
remota criatura.
Então que se apresente.
Seja tenaz, plausível
esse rosto invisível
e áspero.
Mudei. Soprava o mar.
Mudei de não mudar.
Autor : Carlos Nejar, in 'Árvore do Mundo'
Imagem : Griffin Lamb
Todo o ser humano muda... basta querer
ResponderEliminarBelo poema. Linda foto
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Cumprimentos poéticos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Muchas gracias por compartir la imagen y el poema. Ambas de una esplendida hermosura. Ha sido un auténtico placer y muy especial para mí pues en estas dos actividades he volcado muchas horas de mi vida. Con mi admiración, un abrazo de paz.
ResponderEliminarO poema é uma verdadeira pérola poética!
ResponderEliminarObrigada pela partilha :))
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A luz, a minha ingénua escuridão...
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Beijo boa noite.