Todas as minhas fontes vêm de ti
As nascentes
E amo-te com a constância do moribundo que respira
Já sem saber de que lado o visita a morte
Procuro a ligação entre ti e a luz muito miudinha depois dos temporais
Entre a luz e os estilhaços nas ruas bombardeadas
Desconheço o colar onde unes tudo
Procuro entender como é que moldas
Os meus pés ao equilíbrio que os desloca no chão
Sei que és tu que me levantas
Que remendas o meu corpo cada dia
Em ti encontro a pulsação
Que rebenta - uma artéria como nunca
Tinha jorrado. Cratera onde durmo
Recluso, árvore à chuva
Em dificuldade extrema
De respiração
Ponho a cabeça entre os ramos, lanço os braços para fora
Como um pássaro entre um bando
De disparos
Tu moves as agulhas, tu unes de novo
As minhas asas à curva do céu
Autor : Daniel Faria
Imagem : Ilya Kisaradov
Um poema muito belo e intenso! :)
ResponderEliminar-
MEMÓRIAS ... 🍀
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Abraço, e continuação de boas festas!
Foto e poema, lindíssimos.
ResponderEliminar.
Continuação de boas festas. Feliz Ano Novo.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Lindo poema que adorei.
ResponderEliminarBeijinhos
Boas festas
Lindo poema que adorei.
ResponderEliminarBeijinhos
Boas festas
Um grande poema.
ResponderEliminarBom Ano 2022, que seja um tempo de felicidade.
Um abraço.
"3.
ResponderEliminarAproxima-te.
Preciso dos teus olhos
acesos
para não me despenhar
no vazio.
Para não ter frio.
in: Sétimo Dia, Daniel Faria, contracapa."
Uma prenda que me deram.(livro)
Gosto muito deste Poeta que tão cedo partiu. Este foi um livro que deixou quase pronto para publicação.
Um beijo, B