a memória é uma escada de caracol
onde tropeçam os nomes e as noites
de todas as raparigas que amei,
e esquecidas ficaram na espiral do tempo,
na curva ansiosa da minha mão,
no voo sem rasto de uma ave.
onde estarão, agora?
quem as beijou, em vez de mim,
em noites de fogo salgado?
ó tempo, deixa-me aguardar na escada
pelos passos, pela chave na fechadura,
pela porta ardente do amor.
Autor : João de Mancelos
In "Poemas". Mundos(s): Coletânea de poesia lusófona, n.º 14. Org. Ângelo Rodrigues. Lisboa: Colibri, 2021.
Imagem Jaroslaw Blamins
Os traumas da perda da posse "o que andará ela a fazer? Ela que era minha!“ só resta ao poeta habituar-se à ideia.
ResponderEliminarUm abraço.
Fotos e poema deslumbrantes.
ResponderEliminar.
Saudações cordiais
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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