sábado, 3 de julho de 2021

Por vezes a boca


Por vezes a boca e o horizonte comunicam
longínquos mas sobre a mesma mesa
e da espessura do sono a melodia
levanta-se na glória de uma sala transparente
E tudo está presente em vermos da varanda
o ébrio sossego dos longos voos das aves
ou a tranquilidade dos rebanhos de arbustos
que nas encostas sobem até ao cimo azul
Reencontramos assim a nitidez do nascimento
e o canto das sílabas brancas e o corpo intenso
no seu ritmo de júbilo em ser o pleno espaço

Autor :  António Ramos Rosa 
Imagem Sarah Fecteau

3 comentários:

Agradeço muito o feedback .
Mas, não comente se não leu, e por favor não deixe copy-paste.
Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
Muito obrigada!