quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Medo



Furo-te os olhos com os dedos magoados
como-te
torpor de medo as luas verdes
mordem-me a boca
do teu peito sobe o halo nacarado
a essência fútil das flores mortas
e novamente o medo
de nunca mais voltar a ser perfeito

Autor: Rui Costa in "As Limitações do Amor São Infinitas",
Sombra do Amor Edições, s/c, 2009, p 44
Imagem : Anastasia Alekseeva 

3 comentários:

Agradeço muito o feedback .
Mas, não comente se não leu, e por favor não deixe copy-paste.
Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
Muito obrigada!